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Aumento de 2,16% foi impulsionado pelo preço de produtos como a farinha de trigo, o tomate e o pão francês
O custo da cesta básica em Itajaí teve a segunda alta consecutiva, com aumento de 2,16%, passando de R$337,58 em janeiro, para R$ 344,87 em fevereiro. Com estas duas elevações seguidas a cesta básica já aumentou o equivalente a 8,99%, em 2018. Os dados são do Projeto Cesta Básica Alimentar, da Universidade do Vale do Itajaí (Univali), que elabora o indicador com monitoramento da Uni Júnior, a partir de pesquisa realizada em seis supermercados da cidade.
Os principais produtos responsáveis pela alta foram: a farinha de trigo (16,45%), o tomate (13,98%), o pão francês (5,97%), o leite longa vida (3,68%), a carne (2,16%), a banana (2,15%) e a manteiga (1,13%). Destes, o tomate e a banana branca apresentaram três altas consecutivas, os demais produtos tiveram queda de preço na apuração de janeiro.
Mesmo com o aumento no custo total da cesta básica, alguns produtos tiveram redução de preço, são eles: a batata (15,22%), o açúcar (8,83%), o café em pó (7,65%), o feijão preto (4,31%), o óleo de soja (4,10%) e o arroz (3,15%).
Na comparação entre o preço de fevereiro deste ano e o mesmo período de 2017, o tomate está mais caro em 68,55% e o feijão está 31,02% mais barato. A carne ainda é o produto com maior peso sobre o custo total da cesta básica, representa atualmente 37,73%, seguido do pão com 15,43% e da manteiga com 7,80%.
O professor Jairo Romeu Ferracioli, economista e professor responsável pelo projeto, afirma que a alta no custo da cesta básica já era esperada em função das condições climáticas – reflexo das chuvas de janeiro, do aumento do consumo na região com a vinda de turistas e, principalmente, da elevação no preço da gasolina e do diesel. “Para os próximos meses, o comportamento dos preços novamente dependerá muito do clima – geralmente é um mês com clima mais ameno, da variação do preço dos combustíveis e do custo da conta de energia elétrica”, prevê.
Poder de compra do trabalhador
Com a alta apresentada no último mês, o poder de compra do trabalhador assalariado em relação a alimentos básicos teve piora. O custo da cesta básica sobre o salário mínimo passou de 35,38% em janeiro para 36,15% em fevereiro, acima do ideal de 33,34%. Em termos de horas de trabalho para aquisição da cesta são necessárias 79 horas e 31 minutos de um total de 220 horas mensais.
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