O Núcleo de Controle de Zoonoses da Secretaria de Saúde de Itajaí realizou, na segunda-feira (13), uma ação de monitoramento de carrapatos na Avenida Ministro Victor Konder, a Beira-Rio. Em alguns pontos da via, técnicos fizeram o acompanhamento da presença desses animais através da técnica de arrasto de flanela. A ação contou com apoio da Diretoria de Vigilância Epidemiológica do Estado de Santa Catarina (DIVE-SC).

A avenida é inspecionada anualmente pelo Núcleo de Controle de Zoonoses do município em função da presença de capivaras, que são hospedeiras do carrapato estrela (Amblyomma sculptum). A intenção do monitoramento é investigar possíveis riscos de transmissão da febre maculosa, uma doença infecciosa febril aguda, transmitida através da picada do carrapato contaminado pela bactéria Rickettsia rickettsii. A febre maculosa pode ocasionar febre, dor no corpo, dor de cabeça, náuseas e manchas avermelhadas pelo corpo, principalmente nas regiões de pulsos e tornozelos.

As áreas vistoriadas foram o “Parcão”, devido à circulação de cães, e próximo a Marina Itajaí, local onde as capivaras são observadas com maior frequência. Durante a busca, não foram coletados carrapatos.

“A presença da grama bem roçada, facilitando a infiltração dos raios solares, é um dos motivos dos quais os carrapatos não são encontrados. Além disso, é importante ressaltar que apenas o carrapato infectado pode transmitir a doença”, explica o técnico do Núcleo de Controle de Zoonoses, Lúcio Vieira.

Apesar disso, Vieira salienta que a população precisa tomar alguns cuidados para evitar a proliferação de carrapatos. Em caso de dúvidas, os moradores podem entrar em contato com o Núcleo para obter orientações e esclarecimentos: (47) 3349-5571.

Como se prevenir?

-Evite caminhar em áreas infestadas por carrapatos no meio rural e silvestre;
-Quando for necessário caminhar por essas áreas infestadas, vistorie o corpo em busca de carrapatos em intervalos de 3 horas, pois quanto mais rápido for retirado, menores serão os riscos de contrair alguma doença;
-Não esmague (comprimir) os carrapatos com as unhas, pois isso pode liberar bactérias que têm capacidade de penetrar através de lesões na pele;
-Apare o gramado o mais rente ao solo, facilitando, assim, a penetração dos raios solares;
Use carrapaticidas nos animais domésticos (cão e gato) e nos animais de criação (bovinos e equinos);
-Cães da cidade que vão ao campo são mais susceptíveis à doença – tratá-lo com produto carrapaticida quando voltar para casa.

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