Depois de duas altas seguidas, o preço da cesta básica caiu 1,38% em setembro comparado ao mês anterior, passando de R$355,51 em agosto para R$350,59 em setembro. Apesar da redução no custo total, houve mais produtos que aumentaram do que reduziram o preço. Além disso, em 2018, a cesta básica já acumula elevação de 10,80%. Os dados são do Projeto Cesta Básica Alimentar da Universidade do Vale do Itajaí (Univali), que elabora o indicador com monitoramento da Uni Júnior, a partir de pesquisa realizada em seis supermercados da cidade.
Do painel de 13 produtos analisados, seis contribuíram para a queda, foram eles: a banana (10,95%); a batata (9,11%); o leite LV (7,11%); a carne (6,05%); o café em pó (4,38%); e o açúcar (1,02%). A carne foi um dos itens que mais contribuiu para a baixa no custo da cesta, isso porque ela tem o maior peso sobre o custo total da cesta básica, representando atualmente 36,13%, seguido do pão (16,61%) e do tomate (9,73%).
Apesar da diminuição no custo total da cesta, os sete produtos restantes do painel apresentaram alta de preço: o feijão preto (15,23%); o tomate (12,54%); o arroz (6,58%); o óleo de soja (3,68%); a manteiga (3,07%); a farinha de trigo (1,50%); e o pão francês (1,19%).
Neste ano, os produtos que mais aumentaram de preço foram o pão (46,36%) e a farinha de trigo (38,70%). Já a batata (27,06%) e a banana (0,33%) são os únicos produtos que estão mais baratos neste ano, se comparado a 2017. Na comparação de preços entre o mesmo período (setembro) de 2018 e 2017, o custo total da cesta está 5,83% superior, sendo que oito itens estão mais caros, com destaque para a manteiga que teve aumento acumulado de 36,74%.
O professor Jairo Romeu Ferracioli, economista e professor responsável pelo projeto, afirma que para os próximos meses os preços dependerão novamente das condições climáticas e do preço do petróleo no mercado internacional, além da variação cambial no Brasil, que, por sua vez, depende da variável política. “Os preços tendem a ficar mais próximos da situação anterior à greve dos caminhoneiros. Porém, o desemprego continua bastante elevado e isso significa queda na renda do trabalhador, pressionando os preços para baixo”, explica.
Poder de compra do trabalhador
Com esta queda, o poder de compra do trabalhador assalariado em relação a alimentos básicos teve uma ligeira melhora. O custo da cesta básica sobre o salário mínimo passou de 37,27% em agosto para R$36,75% em setembro, ainda acima da referência ideal de 33,34%. Em termos de horas de trabalho para aquisição da cesta são necessárias 80 horas e 50 minutos de um total de 220 horas mensais.
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